sexta-feira, 28 de abril de 2017

Reação de Os Verdes ao parecer da APA sobre a construção do armazém para resíduos nucleares da Central de Almaraz

O PEV considera muito preocupantes as conclusões da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), relativas ao relatório do grupo de trabalho técnico que se pronunciou sobre o projeto de construção de um armazém para resíduos na central nuclear de Almaraz. Nesse sentido, o Grupo Parlamentar Os Verdes pediu hoje, com caráter de urgência, uma audição com o Ministro do Ambiente e com o Presidente da APA, a realizar na Comissão Parlamentar de Ambiente, de modo a poder obter cabal esclarecimento sobre algumas questões e a poder, também, dizer ao Governo aquilo que importa ser dito:

1º O relatório do grupo técnico é incongruente quando afirma que o projeto de armazém apresenta níveis de segurança adequados, mas, simultaneamente, considera que são necessários mais estudos, nomeadamente para aferir da impermeabilidade sobre solos e aquíferos. Como é que se pode considerar uma estrutura segura e ao mesmo tempo considerar que são necessários mais estudos, ainda por cima, sobre elementos fulcrais?


2º O Governo não pode dissociar o armazém, para resíduos nucleares, do próprio funcionamento da central nuclear de Almaraz. Há, nesse sentido, um posicionamento político a tomar, que só será responsável, na perspetiva dos Verdes, se pugnar pelo não prolongamento daquela central nuclear e pelo seu efetivo encerramento. Relembramos que os reatores nucleares de Almaraz deveriam estar encerrados desde 2010 e que estão cada vez mais obsoletos, logo, consequentemente mais perigosos e suscetíveis a acidentes muito sérios. Há, pois, uma postura política que se exige ao Governo português que assuma – pressão para encerrar a central nuclear de Almaraz, situada a escassos quilómetros da fronteira portuguesa e utilizadora das águas do Tejo para o sistema de refrigeração. 

3º Os Verdes têm, no terreno, uma campanha de recolha de assinaturas em postais, que integram a mensagem de reivindicação aos governos português e espanhol, para o encerramento da central nuclear de Almaraz – são milhares de postais que seguirão a curto prazo para estes governos e que traduzem a consciência e a preocupação das populações dos concelhos ribeirinhos do Tejo. Desta forma, o PEV não tem dúvidas que a única maneira de o Governo defender os interesses de Portugal, das suas populações e dos seus ecossistemas, é pressionando Espanha para o encerramento da central nuclear de Almaraz.


4º Os Verdes chamam a atenção para o facto de, caso uma equipa técnica tivesse avaliado a segurança da central nuclear de Fukushima antes do acidente verificado em 2011, certamente teria concluído que obedecia aos parâmetros de segurança exigidos internacionalmente. Mas o acidente deu-se! Face a uma indústria tão perigosa como o nuclear, a segurança com base nos parâmetros internacionais é sempre algo relativo. É, por isso, que, mais do que um parecer técnico, há uma decisão política a tomar. Nesse sentido o PEV considera urgente ouvir o Ministro do Ambiente e a APA, para já, sobre a matéria, na Comissão de Ambiente da Assembleia da República.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Os Verdes na Ovibeja

O Partido Ecologista “Os Verdes” estará presente na 34ª OVIBEJA, que inaugura hoje, dia 27 de Abril, até dia 1 de Maio, com um expositor sobre diversos temas de ordem ambiental.

“Os Verdes” convidam todos os visitantes da OVIBEJA a conhecer o seu stand.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Intervenção da Deputada Heloísa Apolónia na Sessão Solene do 25 de Abril de 2017


Intervenção da Deputada Heloísa Apolónia na Sessão Solene do 25 de Abril de 2017

Senhor Presidente da República
Senhor Presidente da Assembleia da República
Senhor Primeiro-Ministro e demais membros do Governo
Senhor Presidente do Supremo Tribunal de Justiça
Senhor Presidente do Tribunal Constitucional
Senhoras e Senhores Deputados
Estimadas e estimados convidados
Senhores Capitães de Abril
Minhas Senhoras e meus Senhores

Temos pressa de cumprir Abril! Passaram 43 anos sobre aquele dia em que se devolveu ao país a esperança e, ao povo, o poder de construir o futuro. O dia em que, de cravos vermelhos erguidos, se deu uma explosão de alegria e de saudação vibrante aos capitães de Abril pela libertação das amarras de 48 anos de fascismo.

Ter pressa de cumprir Abril é ter sede de garantir direitos e níveis dignos e verdadeiros de bem-estar e de felicidade para um povo inteiro. Não apenas para alguns, mas para um povo inteiro!

Era Salazar, o ditador fascista, que dizia que era muito mais urgente constituir elites do que ensinar o povo a ler, porque os problemas nacionais tinham de ser resolvidos, não pelo povo, mas pelas elites. Era esse ditador que dizia que o jornal era o alimento intelectual do povo e que, como todos os demais alimentos, tinha de ser fiscalizado, considerando a censura mais do que legítima e até um elemento de elucidação e um corretivo necessário. Classificava a profunda violência e a tortura imprimida pela PIDE aos presos políticos como uns safanões a criaturas sinistras e não tinha pudor em afirmar que em Portugal não havia espaço para a liberdade. Continuada por Marcelo Caetano, acrescente-se a esta barbaridade um milhão de jovens lançados para a guerra colonial, e milhares de jovens a desertar e a emigrar, para fugir do país que os tramava e a quem outras nações não fecharam portas. Era um povo a quem se ditava pobreza e exploração, enquanto meia-dúzia de famílias capitalistas enriquecia. Nas palavras de Ary dos Santos, chamava-se esse país «Portugal suicidado».

Em 25 de abril de 1974 o país fez-se em festa. Nas ruas, repletas de gente ávida de voz, gritou-se que «o povo unido jamais será vencido» e cantou-se que «o povo é quem mais ordena».


Nessa altura, os avanços foram imensos, mas o problema foi o que depois em tanto se interrompeu esse avanço e até, em vários aspetos, se foi recuando. Por exemplo, na legislatura passada, e com o Governo anterior, alguém ousará afirmar que o aumento de horas de trabalho, o fim de feriados, a fragilização de serviços públicos, a fúria de entrega de setores fundamentais aos privados, os cortes nas pensões contributivas e nos apoios sociais, os cortes nos salários ou o aumento brutal de impostos foram avanços que se deram? Não! Foram recuos que geraram pobreza e ameaçaram seriamente os nossos níveis de desenvolvimento. E deram-se por escolhas ideológicas, de uma direita que claramente privilegiou os grandes interesses económicos e financeiros e não o bem-estar dos cidadãos.

Em política não há inevitabilidades, mas sim opções, escolhas. Por isso, nesta legislatura, depois de os eleitores terem atribuído a maioria dos deputados aos partidos que se tinham comprometido com a mudança, o Partido Ecologista Os Verdes trabalhou e tem contribuído para que sejam, sem hesitações, repostas condições e direitos aos portugueses que lhes tinham sido retirados. Mas temos estado também a trabalhar para que as condições de desenvolvimento melhorem a vários níveis. Para dar alguns exemplos: (i) reclamámos do Governo determinação para enfrentar interesses poderosos, como o das celuloses, para travar a brutal expansão da área de eucalipto; (ii) propusemos medidas para a necessária descarbonização do país e para a redução de gases com efeito de estufa, através da criação de melhores condições para fomentar o transporte coletivo e a mobilidade ferroviária; (iii) exigimos atenção sobre o interior do país e a necessária revitalização de atividade produtiva sustentável; (iv) reivindicámos mais meios para a conservação da natureza e da biodiversidade e para o controlo de poluição; (v) alertámos para problemas tão sérios como a preocupante intenção de pesquisa de hidrocarbonetos na nossa costa, ou para a cada vez mais obsoleta central nuclear de Almaraz.


O que importa ter hoje presente é que não se pode perder a dimensão da coragem que se revelou em todas as mulheres e homens que lutaram para construir Abril. Em jeito de apuramento de resultados, temos ainda muito, muito por conquistar em termos de direitos sociais e ambientais.

Mas, a União Europeia tem-se constituído um sério obstáculo a esse objetivo. Formando-se em torno de elites, servindo os interesses dos poderosos, distante dos povos, ignorando as suas necessidades, exigindo metas incompreensíveis. Ao Governo português, nós Verdes, o que exigimos é que governe para as pessoas, para o desenvolvimento do país e que não esbarre na obsessão de números bem encolhidos para Bruxelas. Essa é uma condição para a estabilidade de que o país não pode prescindir.

Uma última nota para dizer que foram tantos os portugueses que procuraram refúgio noutros países para fugir à guerra colonial, outros para buscar melhores condições de vida - são cerca de 5 milhões as pessoas de origem portuguesa espalhadas pelo resto do mundo. Temos, nós, mais do que a obrigação de compreender o imperativo de desprezar ideias fascistas, nacionalistas, racistas, xenófobas que erguem fronteiras de desumanidade, quando exaltam o medo de refugiados ou o ódio aos imigrantes.

Sempre com a liberdade, a democracia, a paz, a justiça, a solidariedade, a igualdade, a fraternidade no horizonte, são muitos os que trazem, como descreve José Fanha, «o mês de Abril/ a voar/ dentro do peito». Mas, «não é segurando nas asas que se ajuda um pássaro a voar. O pássaro voa simplesmente porque o deixam ser pássaro» (Mia Couto).

Minhas Senhoras e meus Senhores, Temos pressa de cumprir Abril!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Paula Vilallonga, do Partido Ecologista Os Verdes, é a candidata da CDU à Câmara Municipal de Vila do Bispo nas próximas eleições autárquicas. 

Paula Vilallonga é a candidata da CDU à Câmara de Vila de Bispo nas Eleições Autárquicas de Outubro.
Esta é uma escolha feita «no seguimento da ponderação» das forças que integram a CDU: o PCP e o “Os Verdes”.
Maria Paula Andrade Santos Vilallonga tem 61 anos, é medica e vive em Sagres.
Licenciada pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, em 1980, exerceu funções no Centro de Saúde de Serpa de 1985 a 2011.
Foi, ainda, terapeuta no Centro de Atendimento a Toxicodependentes em Beja, de 1996 a 2009, e tutora da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa de 1999 a 2011.
Proposta pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), fez parte das listas da CDU para a Câmara Municipal de Serpa nas Eleições Autárquicas de 2001.
Candidata pela CDU à Assembleia da República, pelo Círculo Eleitoral de Beja, em 2005, foi também presidente da Assembleia Municipal de Serpa, eleita nas listas da CDU, de 2005 a 2009.
Mais recentemente foi candidata da CDU, pelo PEV, às Eleições Legislativas de 2015 pelo círculo eleitoral de Faro. Desde 2011, exerce funções como assistente graduada de Clínica Geral e Orientadora do Internato de Medicina Geral e Familiar no polo de Sagres do Centro Saúde de Vila do Bispo.
Publicado no SulInformação, que pode ler aqui.

domingo, 23 de abril de 2017

Elvas - Verdes recolhem assinaturas de postais para encerrar Almaraz

Na próxima 2.ª Feira, dia 24 de abril, em Elvas Os Verdes irão recolher assinaturas com vista ao encerramento da Central Nuclear de Almaraz, inserido na Campanha lançada pelo PEV, no passado dia 9 de março, em todas as capitais dos distritos ribeirinhos do Tejo, nomeadamente em Portalegre.

Esta iniciativa visa dar oportunidade aos portugueses, nomeadamente à população que em caso de acidente seria a mais atingida, isto é a população dos concelhos fronteiriços e ribeirinhos do Tejo, de afirmar a sua vontade de que a Central Nuclear de Almaraz seja encerrada, subscrevendo um apelo nesse sentido.



Este apelo dirigido ao 1.º Ministro Português e ao Presidente do Governo Espanhol é expressado através da assinatura de dois postais que se anexa, conta já com mais de 4 milhares de assinaturas.

Segunda - feira, dia 24 de abril os Verdes vão estar a partir das 9:30h no cimo da Rua de Alcamim, em Elvas.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Portalegre - Verdes voltam a recolher assinaturas de postais para encerrar Almaraz

Amanhã, será junto dos jovens alunos do IPP que Os Verdes irão recolher assinaturas com vista ao encerramento da Central Nuclear de Almaraz, inserido na Campanha lançada pelo PEV, no passado dia 9 de março, em todas as capitais de dos distritos ribeirinhos do Tejo, nomeadamente em Portalegre.


Esta iniciativa visa dar oportunidade aos portugueses, nomeadamente à população que em caso de acidente seria a mais atingida, isto é a população dos concelhos fronteiriços e ribeirinhos do Tejo, de afirmar a sua vontade de que a Central Nuclear de Almaraz seja encerrada, subscrevendo um apelo nesse sentido.

Este apelo dirigido ao 1.º Ministro Português e ao Presidente do Governo Espanhol é expressado através da assinatura de dois postais que se anexa, conta já com mais de 4 milhares de assinaturas.

Amanhã, dia 20 de abril os Verdes vão estar a partir das 15:30h na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, sita no Campus Politécnico, em Portalegre.


Esta iniciativa contará com a presença da dirigente da Comissão Executiva Nacional do PEV, Manuela Cunha.