segunda-feira, 13 de maio de 2013

Liceu Diogo de Gouveia classificado como Monumento de Interesse Público


Liceu Diogo de Gouveia classificado como Monumento de Interesse Público
Liceu Diogo de Gouveia classificado como Monumento de Interesse Público
Rádio Voz da Planície - 13/05/2013 - 07:01 -  Imprimir

Publicada na passada sexta-feira, a Portaria n.º 269/2013, classifica o edifício da actual Escola Diogo de Gouveia, como Monumento de Interesse Público.
O projecto do Liceu Diogo de Gouveia, da autoria do arquitecto Luís Cristino da Silva e datado de 1930, caracteriza-se pela subordinação às normas construtivas e programáticas da “escola  moderna” e da arquitectura funcionalista do estilo internacional, no dealbar ainda inconsistente da denominada Arquitectura do Estado Novo.
Inaugurado em 1936, o edifício constitui uma das primeiras e mais puras obras do Modernismo português, notabilizando-se pelo despojamento ornamental aliado às formas que o uso do betão permitiu explorar e pela assimetria da planta, determinada por questões práticas.
Do conjunto arquitectónico destacam-se a imponência maciça do betão da fachada principal, ritmada por grandes vãos envidraçados, as coberturas em terraços de betão que se articulam entre os diferentes edifícios e os elementos decorativos exteriores paradigmáticos do movimento modernista, o relógio e a designação do liceu em alto-relevo. No vestíbulo do piso térreo pode admirar-se um painel de azulejos policromos da Fábrica Viúva Lamego, pintado por Eduardo Leite segundo cartão de Dórdio Gomes, representando uma cena de cariz regionalista. O espaço interior inclui amplas escadas e corredores, um recreio coberto e um ginásio com varandim superior.
Para além do seu carácter pioneiro e exemplar dentro do Modernismo nacional, o Liceu Diogo de Gouveia é ainda testemunho de uma crescente afirmação de modernidade que se começa então a estender para além dos grandes centros urbanos, abrangendo aos poucos todas as regiões do país. 
Segundo a portaria, a zona especial de protecção (ZEP) tem em consideração o conjunto urbano na envolvente do imóvel, e a sua fixação visa salvaguardar o seu enquadramento e assegurar a correta leitura dos pontos de vista.

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