quinta-feira, 28 de março de 2013

“Os Verdes” querem esclarecimentos sobre funcionamento das urgências no Hospital N. Srª do Rosário, no Barreiro. 

Esclarecimentos também sobre o funcionamento dos serviços de saúde em Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola, Odemira e Sines  que segundo os autarcas  “estão em risco de rotura”. 

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Saúde, sobre o funcionamento do Serviço de Urgência do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. O Deputado ecologista questiona ainda sobre a situação de risco, em termos de prestação de cuidados de saúde, que se vive nos concelhos de Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola, Odemira e Sines.
PERGUNTA:
O funcionamento do Serviço de Urgência do Hospital N. Sra. do Rosário - Barreiro encontra-se saturado. Este hospital pertence ao Centro Hospitalar Barreiro/Montijo e serve os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.

No dia 26 de Fevereiro de 2013 o Serviço de Urgência entrou em rotura, pelas 14 horas, e foi solicitado ao INEM que encaminhasse os doentes para outros hospitais da zona (Setúbal e Almada), segundo a administração do centro hospitalar. Se visitarmos este hospital, podemos verificar que os doentes se amontoam pelos corredores, existem doentes em macas por todos os cantos, misturam-se doentes com diferentes patologias e as ambulâncias ficam retidas, por tempo indeterminado, por falta de camas.

Contrariamente, o Hospital Distrital do Montijo, onde foram gastos muitos euros, tem um serviço de urgência que não passa de um posto de triagem e que faz com que os utentes vão diretamente para o hospital do Barreiro, sem por lá passar. Não é aceitável que se desperdicem recursos físicos e humanos, como se passa com o Hospital Distrital do Montijo, num momento em que os utentes do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo sentem que existe um retrocesso na prestação de cuidados nos serviços de saúde. Mas não é menos verdade que a falta de recursos humanos, em especialidades como cardiologia, medicina e oncologia, poderá trazer riscos acrescidos aos utentes do Hospital do Barreiro.

Mais a sul, são os autarcas de Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola, Odemira e Sines que afirmam que os serviços de saúde da região “estão em risco de rotura”. O número de médicos tem vindo a diminuir, só Odemira perdeu três médicos em três meses, a promessa de alargamento do período de funcionamento do centro de saúde de Grândola não passa disso mesmo e a falta de médicos persiste, o Hospital do Litoral Alentejano tem falta de recursos humanos e os utentes queixam-se de perder horas infinitas para serem atendidos. A saúde não pode ser um negócio, é um direito.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª a Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério da Saúde possa prestar os seguintes esclarecimentos:

1 – Confirma o Governo as situações acima referidas?

2 – Como pensa o Governo resolver as questões relacionadas com o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo?

3 – Que motivos levam a que o Governo não equacione a construção de um hospital que sirva os concelhos de Montijo e Alcochete?

4 – Que ações concretas serão tomadas pelo Governo para solucionar os problemas e as promessas feitas às populações do litoral alentejano, nomeadamente a resolução nº 419/XI(2ª) da Assembleia da República?

O Grupo Parlamentar “Os Verdes”,



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