sexta-feira, 30 de novembro de 2012

DIA MUNDIAL DA SIDA - 1 DEZEMBRO - "Os Verdes" questionam Governo sobre a evolução da doença em Portugal



Na véspera do Dia Mundial da Sida, que se assinala amanhã, 1 de Dezembro, a Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entrega na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Saúde, sobre a evolução da SIDA em Portugal.


PERGUNTA:
Assinala-se amanhã, dia 1 de Dezembro, o dia mundial da SIDA. Era um dia "badalado" há uns anos atrás, quando a procura de conhecimento da doença, associada ao receio decorrente do aumento de casos de infetados, era generalizada entre a população.

Hoje fala-se, publicamente, muito menos da SIDA. Julgamos que será simplista associar a esse maior silenciamento, uma eventual desvalorização de risco assumido entre a população, pelo facto deter havido uma evolução no tratamento que levou a que houvesse menos casos de morte por SIDA, gerando uma crença de que se trata praticamente de uma doença crónica que não leva automaticamente à morte dos portadores de VIH/SIDA. Mesmo se esse "descanso" da população for real, os poderes públicos têm responsabilidade de continuar a assegurar mecanismos de prevenção, de modo a alertar e a informar os cidadãos, designadamente para a realidade da doença, para os comportamentos de risco a ela associadas e para os meios preventivos que não devem ser, de todo, descurados.

Este dever é tanto mais necessário, quanto o último relatório da infeção em Portugal (infeção VIH/SIDA: a situação em Portugal a 31 de Dezembro de 2011), da responsabilidade do Instituto Ricardo Jorge, dá conta que a evolução decrescente dos casos de diagnóstico e notificação de SIDA em Portugal não é uma verdade absoluta, na medida em que em 2010 se assistiu a um crescimento dos casos de SIDA, e em 2011 a um decréscimo. Em 2010 o crescimento foi, de resto, muito transversal em termos de faixas etárias, acentuado na faixa dos 20 aos 30 anos, dos 40 aos 50 anos e dos 55 aos 60 anos. O referido relatório dá-nos também conta de que, desde 2004, os heterossexuais são o maior "grupo" de contágio. Face a esta realidade, aqui tão sumariamente exemplificada, impõe-se perceber como e em que dimensão está este país a apostar na prevenção e na informação junto das populações.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exa A Presidente da Assembleia da República que remeta ao Ministério da Saúde a presente Pergunta, de modo a que me possam ser prestados os seguintes esclarecimentos:

1. Como tem evoluído, desde os anos 80 até à data, a informação e a prevenção da SIDA em Portugal?
2. Que mecanismos de prevenção elenca o Ministério da Saúde como existentes hoje em Portugal?
3. Quem tem sido o público-alvo da política de prevenção?
4. Como entende o Ministério que se pode generalizar o diagnóstico precoce e um sistema de monitorização permanente desta doença?
5. E em termos de prevenção primária? Como evoluiu nas últimas décadas?
6. Garante o Governo que os doentes com SIDA não são alvo de qualquer tipo de discriminação ou de desvalorização de tratamento no Serviço Nacional de Saúde?

O Grupo Parlamentar “Os Verdes”

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Se o Orçamento não cair, cairá o Governo!

Orçamento de Estado para 2013 - Intervenção da Deputada Heloísa Apolónia



Exma. Senhora Presidente
Senhoras e Senhores membros do Governo,
Senhoras e Senhores Deputados

Vamos, daqui a pouco, fazer a votação final de um Orçamento de Estado absolutamente maquiavélico. É o pior Orçamento de que há memória na nossa democracia... e é até o pior Orçamento para uma democracia, porque inverte caminhos de igualdade e de solidariedade, e definha-nos como país supostamente soberano.

É, então, um Orçamento que nos rouba democracia e que vira as costas à Constituição da República Portuguesa, minimizando obrigações do Estado como a educação, a saúde, o ambiente ou a proteção social, criando um sistema fiscal menos justo e proporcional, através por exemplo da abusiva tributação dos rendimentos do trabalho, deixando tanto património de riqueza de parte, onde são reduzidos os escalões do IRS, mas mantidas as isenções e benefícios fiscais para aqueles que jogam rores de dinheiro na bolsa e para um sistema financeiro que ganha tudo e não perde nada.

É o Orçamento onde o Governo e a maioria parlamentar exercitaram a mais pura demagogia e mentira! Depois de tentarem roubar 13º e 14º mês, passaram a vida a dizer que iam devolver um subsídio aos portugueses, quando não devolvem rigorosamente nada, antes pelo contrário: vão criar uma sobretaxa em sede de IRS que vai em tantos casos tirar mais do que um subsídio. Ora, como isto vai pesar de uma forma visivelmente dolorosa nas folhas salariais dos portugueses, o Governo, para disfarçar o golpe, decide pagar um subsídio aos bocadinhos em cada mês, em vez de num mês só, para compor os recibos de salário mensais. É tudo fantochada, é tudo para fingir que não se está a tirar a quantidade absurda que se tira e é, afinal, também a forma de não diminuir as retenções na fonte, que sempre é dinheiro que o Estado encaixa todos os meses!

E depois veio a maioria parlamentar fazer o número de que tinha conseguido uma vitória tremenda reduzindo a sobretaxa de IRS de 4% para 3,5%. Pois são ainda 3,5% que indevidamente se tira aos portugueses por mês. Se nos disserem que nos vão furtar 100 e depois nos disserem que afinal só vão furtar 90, isso é motivo para ficarmos satisfeitos?
Isto é tanto mais revoltante quanto os portugueses sabem que os seus impostos estão a servir, não para gerar bem estar coletivo, mas para pagar o bem estar da banca e os juros elevados de empréstimos que a banca consegue a 0,75% e que depois nos vende a 3, 4, 5, 6 e mais por cento. Isto tem um nome: chama-se especulação! Nós estamos a ser vítimas de um jogo de especulação absurdo, desumano, selvagem que nos espreme até ao limite e que está na génese da aplicação desta austeridade que põe até os subsídios de refeição a ser tributados em sede de IRS e põe o subsídios de desemprego e de doença a sofrer descontos, retirando aos que menos recursos têm para não beliscar a estabilidade dos que nadam em dinheiro! Eles sorvem tudo, tudo o que avistam ao povo.

Ora, era a esse povo que o senhor Presidente da República dedicava umas amáveis palavras há uns meses atrás, dizendo que “o povo não aguenta mais austeridade”. E não aguenta mesmo! Mas este Orçamento de Estado está repleto de mais austeridade, e o Governo já garantiu que vem aí ainda mais austeridade, até porque sabe que este Orçamento vais contribuir para pôr o país a falhar mais, porque todas as execuções orçamentais da austeridade e todas as previsões nacionais e internacionais, têm demonstrado isso mesmo: menos receita, mais recessão, mais desemprego!

E, então, das duas uma: ou o Presidente da República falou verdade e, consequentemente, veta o Orçamento, ou aquelas não passaram de palavras de circunstância para dourar os silêncios ensurdecedores a que o Presidente da República nos vai habituando e, traindo o povo,  promulga o Orçamento, demonstrando-se seguidor daquele banqueiro que enxovalhou os portugueses quando disse que o país aguenta mais austeridade, sim senhor, intensificando a manifestação do desejo com o desabafo “ai aguenta., aguenta!!”

Não, o país não aguenta tamanha brutalidade de medidas, o país não aguenta continuar em recessão, o país não aguenta com o desemprego a galopar sem rédeas, o país não agenta tanta pobreza, o país não aguenta tantas empresas a encerrar, o país não aguenta este Governo e esta Troika!!!

Senhora Presidente,
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
Senhoras e Senhores Deputados,

“Os Verdes” apresentaram um conjunto muito significativo de propostas muito justas de alteração ao Orçamento de Estado. Propostas que se centravam na reparação de injustiças sociais, de valorização e segurança ambiental, de crescimento da economia e redinamização da nossa atividade produtiva. Só duas propostas do PEV foram aprovadas, mas ainda assim de importância a assinalar:
  • uma relativa ao apoio às famílias para o ensino pré-escolar;

  • outra para que os docentes do ensino  universitários e  politécnico e investigadores contratados ingressassem na carreira com a devida tabela salarial. São contributos que se ficam a dever ao PEV, mas fundamentalmente que são da mais elementar justiça.

Uma última nota: o Orçamento vai ser votado. Vota-se com o voto de cada deputado. Não se vota com declarações de voto para lavar consciências. Essas não têm efeito nenhum.

Para concluir, “Os Verdes” dizem que aqueles que estão lá fora, a manifestar-se, a pedir, pela dignidade de um povo e de um país, a rejeição deste famigerado Orçamento, são o ponto crucial para a rejeição das políticas nele inscritas. Se o Orçamento não for rejeitado, o Governo cairá, vítima da sua própria arrogância e ambição e do seu estatuto de serviçal dos interesses da Sra Merkel.

O Governo que entenda que o povo é soberano! Se o Orçamento não cair, cairá o Governo!





Desenho de QUINO



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cedência de imagens de manifestação à PSP - “Os Verdes” questionam Governo e entregam duas perguntas no Parlamento


“Os Verdes” questionam Governo e entregam duas perguntas no Parlamento

A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República duas perguntas em que questiona o Governo, através do Ministro dos Assuntos Parlamentares e também do Ministério da Administração Interna, sobre a cedência de imagens não exibidas de manifestação, pela RTP à PSP.
Pergunta:
A demissão da direção de informação da RTP decorreu, de acordo com o que foi tornado público, de uma suspeita de cedência, à PSP, de imagens filmadas e não exibidas pela RTP do final da concentração de 14 de Novembro e da carga policial que se seguiu. Toda esta situação está ainda indefinida, mas dados os contornos do que é tornado público, há um conjunto de esclarecimentos que se impõem conhecer desde já.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exa. A Presidente da Assembleia da República, que remeta ao Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares a presente Pergunta, de modo a que me sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Confirma-se que foi solicitada à RTP a disponibilização das imagens referidas para serem visionadas por elementos da PSP?
2. Em caso afirmativo:
a) quem solicitou a disponibilização dessas imagens?
b) que motivos foram invocados para a solicitação da disponibilização das imagens?
c) houve autorização para essa disponibilização de imagens por parte da RTP?
3. Se sim:
a) as imagens foram visionadas pela PSP?
b) foram cedidas cópias dessas imagens?
4. Que diligências estão a ser tomadas para apuramento dos factos?

Ao Ministério da Administração Interna foram dirigidas as seguintes questões:
1. A PSP, ou respetiva tutela, solicitou a disponibilização de algumas imagens à RTP, relativas à concentração, frente à Assembleia da República, ocorrida no passado dia 14 de Novembro?
2. Em caso afirmativo:
a) que imagens foram solicitadas?
b) que motivo foi alegado para essa solicitação, ou seja, para que se destinava o seu visionamento?
c) a quem foi solicitada a disponibilização dentro da RTP?
d) foram disponibilizadas essas imagens? Por quem? Quando? Em que formato?
3. Que diligências estão a ser tomadas para apuramento dos factos?

O Grupo Parlamentar “Os Verdes”

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

BEJA - Presidente de Zambujeira acusa maioria PS de extinguir freguesias da CDU...



O presidente da Junta de Freguesia de Zambujeira do Mar contesta a fusão da sua freguesia com S.Teotónio e acusa a maioria socialista na Assembleia Municipal de Odemira de querer terminar com as freguesias da CDU no concelho.

A proposta apresentada, à Assembleia da República pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território está, esta semana, em destaque na Voz da Planície com enfoque naquilo que é a proposta para o distrito de Beja.

Dos 14 concelhos do distrito só em Odemira e Almodôvar é que as Assembleias Municipais se pronunciaram favoravelmente a uma fusão de freguesias tendo sido aprovadas propostas concretas nesse sentido.

No caso de Odemira uma das propostas é a criação da União de Freguesias de S. Teotónio e Zambujeira do Mar, curiosamente a localidade de Zambujeira Mar até ter sido criada como freguesia, a 30 de Junho de 1989, pertencia a S.Teotónio.

Hélder Ledo António, presidente da Junta de Freguesia de Zambujeira, acusa a maioria socialista na Assembleia Municipal de Odemira de querer terminar com as freguesias lideradas pela CDU e dá conta que já está a circular um abaixo assinado a contestar a extinção de Zambujeira do Mar.

José Manuel Guerreiro, presidente da Junta de Freguesia de S.Teotónio, afirma que sempre foi contra a extinção de freguesias, a não ser nas sedes de concelho, mas se a sua freguesia receber Zambujeira do Mar considera que não é drama nenhum. Para José Manuel Guerreiro a única “coisa” que vai mudar é que Zambujeira do Mar deixa de ter Executivo porque certamente que os serviços que são prestados na Junta de Freguesia, como por exemplo os CTT, são para continuar.

No concelho de Odemira para além da criação da União de Freguesias de São Teotónio e Zambujeira do Mar é ainda proposta a agregação da freguesia de Vale de Santiago com parte da freguesia de Bicos, numa única freguesia designada freguesia de Vale de Santiago e aí sediada. É ainda proposta fusão da freguesia de Colos com a outra parte da freguesia de Bicos, sediando-se a nova freguesia em Colos. Agregam-se também as freguesias de Santa Clara-a-Velha e Pereiras-Gare, numa única freguesia que terá como sede Santa Clara-a-Velha. Na vila de Odemira, Salvador e Santa Maria, dão lugar a uma única freguesia.

Entretanto em nota de imprensa a Concelhia de Odemira do PSD vem contestar a proposta aprovada na Assembleia Municipal relativamente à freguesia de Bicos por ser dividida em duas para integrar as freguesias de Vale de Santiago e Colos.

Os social democratas perguntam se os bens imóveis da freguesia de bicos vão ser divididos ao meio, para onde vão trabalhar os recursos humanos, para Colos ou Vale de Santiago, se esta proposta teve em conta a opinião da população e se é desta maneira que o PS promove uma politica de proximidade.

O PSD termina referindo que Odemira necessita de outras políticas, mas muito mais do que novas políticas necessita de outros políticos.Políticos que oiçam as populações e não decidam o futuro das mesmas somente com objectivos eleitoralistas, políticos que sintam entusiasmo em partilhar com o povo as mais-valias conseguidas para o concelho de Odemira,e acima de tudo que cumprir as leis da República Portuguesa, seja o seu ponto de honra.

In Rádio Voz da Planície



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Alentejo - Entidades da região admitem avançar com nova marcha lenta em defesa do IP8 e IP2


As entidades da região, representadas pela CIMBAL, Nerbe/Aebal e Turismo do Alentejo, analisaram ontem as iniciativas realizadas em defesa da qualificação do IP2 e IP8, nomeadamente, a visita às obras, a marcha lenta realizada no dia 27 de Outubro e a reunião com o Presidente das Estradas de Portugal.

As diversas entidades reafirmam “a sua opinião de que a região tem direito à melhoria das acessibilidades e que a qualificação do IP2 e a construção do IP8 são também do interesse de todo o país”. No encontro de ontem ficou decidido renovar o pedido de audiência ao Secretário de Estado dos Transportes, solicitar ao presidente da Estradas de Portugal que actualize por escrito a informação relativa ao processo, pedir uma reunião ao concessionário Estradas da Planície e convidar todas as entidades da região a tomarem posição sobre esta matéria e a promoverem iniciativas de esclarecimento. Por outro lado, vai ser lançada uma petição à Assembleia da República a entregar até meados de Janeiro de 2013. As diversas entidades admitem ainda a realização de novas iniciativas, incluindo uma marcha lenta até Janeiro do próximo ano.

As entidades da região, representadas pela CIMBAL, Nerbe/Aebal e Turismo do Alentejo, analisaram ontem as iniciativas realizadas em defesa da qualificação do IP2 e IP8, nomeadamente, a visita às obras, a marcha lenta realizada no dia 27 de Outubro e a reunião com o Presidente das Estradas de Portugal.

As diversas entidades reafirmam “a sua opinião de que a região tem direito à melhoria das acessibilidades e que a qualificação do IP2 e a construção do IP8 são também do interesse de todo o país”. No encontro de ontem ficou decidido renovar o pedido de audiência ao Secretário de Estado dos Transportes, solicitar ao presidente da Estradas de Portugal que actualize por escrito a informação relativa ao processo, pedir uma reunião ao concessionário Estradas da Planície e convidar todas as entidades da região a tomarem posição sobre esta matéria e a promoverem iniciativas de esclarecimento. Por outro lado, vai ser lançada uma petição à Assembleia da República a entregar até meados de Janeiro de 2013. As diversas entidades admitem ainda a realização de novas iniciativas, incluindo uma marcha lenta até Janeiro do próximo ano.

domingo, 18 de novembro de 2012

CDU avança com debates sobre o Concelho


BEJA - PRESENTE E FUTURO

 

A Coordenadora Concelhia de Beja da CDU - Coligação Democrática Unitária vai promover até ao final do ano e no âmbito da sua intervenção autárquica, três iniciativas de debate que permitirão iniciar a reflexão e discussão alargada e aprofundada sobre o presente e o futuro do concelho de Beja. O associativismo, o desenvolvimento integrado e o território surgem como temas que propomos abordar neste conjunto de encontros temáticos aos quais a CDU convida todos os cidadãos a participar e a contribuir com as suas opiniões.

A primeira iniciativa realiza-se na próxima segunda-feira, dia 19 de Novembro, pelas 21 horas, nos Infantes, subordinada ao tema “Associativismo e Poder Local”. O painel de convidados a debater este tema é composto por Orlando Pereira, eleito da CDU na Assembleia Municipal de Beja e membro da mesa da Assembleia; Vitor Picado, vereador da CDU na Câmara Municipal de Beja e dirigente associativo e António Revez, actor e dirigente associativo.

Este conjunto de iniciativas culminará no mês de Dezembro com a realização do Encontro Concelhio Autárquico de Beja da CDU.

Contamos com a sua presença e contributos!
Brevemente daremos indicação da data, hora e local de realização das outras iniciativas temáticas.

terça-feira, 13 de novembro de 2012



O Partido Ecologista “Os Verdes” apela à participação na greve geral de amanhã, dia 14 de Novembro

uma jornada de luta convocada pela CGTP para pôr um ponto final nas políticas de austeridade impostas pelo Governo e pela troika que têm vindo a afundar o país.


Portugal é hoje, por via da implementação destas políticas, um país parado com um povo em sofrimento, um país de 1 milhão e 400 mil desempregados, um país onde 3 milhões vivem na pobreza, cada vez mais endividado e mergulhado numa recessão sem precedentes.

O Orçamento de Estado para 2013 apresentado pelo Governo PSD/CDS, agora em discussão, não é solução. Vem, pelo contrário, acentuar ainda mais a austeridade, impõe sacrifícios dolorosos aos cidadãos e elimina qualquer possibilidade de crescimento económico.
Constitui um autêntico ataque às funções sociais do Estado e a direitos fundamentais, como a proteção social, a educação e a saúde.

“Os Verdes” consideram ainda que a visita de Angela Merkel a Portugal constituiu um atentado arrogante à nossa soberania, cultura e entidade nacional, especialmente nas condições atuais em que o país se encontra, nomeadamente quanto às suas declarações sobre a necessidade de alteração à legislação laboral e também quanto às proferidas pelos empresários alemães que elogiaram a mão-de-obra barata do nosso país. Para além disso, são de lamentar todos os euros gastos na montagem de um aparato policial sem precedentes e de dimensão perfeitamente absurda.

O PEV reafirma: é urgente inverter estas políticas, é preciso parar este escândalo. As alternativas existem e passam pela renegociação da dívida, pela promoção de políticas de apoio à produção nacional, pelo combate à fuga e à evasão fiscal. É urgente agir para a mudança e, nesse sentido, “Os Verdes” apelam à participação na greve geral de amanhã e também nas concentrações distritais convocadas pela CGTP.

 

 

Maioria PS continua a ignorar o Projeto Outeiro do Circo



Os Vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja, no seguimento de uma reunião que mantiveram com a Presidente de Junta de Freguesia de Mombeja e a equipa de arqueólogos que tem acompanhado as escavações no Outeiro do Circo, nas Freguesias de Mombeja e Beringel, levaram à reunião de Câmara de 7 de Novembro as preocupações manifestadas na mesma.

Na referida reunião foi questionada a maioria PS sobre o que previa relativamente ao desenvolvimento do projeto em 2013 já que a equipa de arqueólogos necessita de uma resposta atempada, até ao início do ano, para programar as ações indispensáveis.

Foi ainda questionado o município de ia ser dada resposta até final de Novembro, para uma ação prevista para os meses de Março e Abril, um workshop de cerâmica, cuja concretização exige desde já publicitação junto dos eventuais interessados. O pedido de apoio para esta ação foi endereçado ao município em Junho, estando sem qualquer resposta até ao momento.

A ambas as perguntas o responsável do Pelouro remeteu para o Plano de Atividades e Orçamento que está a ser elaborado. Esta resposta, comparada com o que foi dito sobre o mesmo assunto no início de 2012, revela a hipocrisia e a intenção de desvalorizar o sítio. Lembramos que questionado em 2012 sobre o não apoio à proposta apresentada foi então dito que embora não estivesse orçamentado era possível assegurar algum apoio às escavações, fato que, como era expetável, não veio a confirmar-se.

Uma outra questão colocada é emblemática do desinteresse em não desenvolver o projeto. Estando a ser elaborada uma candidatura para percursos pedestres e outros no concelho, a qual tem de ser apresentada nos próximos dias, os vereadores da CDU questionaram se o Outeiro do Circo ia ser integrado nesta candidatura. A maioria PS ignorou completamente a pergunta. Os vereadores da CDU sabem no entanto que a possibilidade de inclusão deste percurso foi liminarmente excluída dado não existirem acessibilidades no local.

Esta situação caricata demonstra a insensibilidade e o desinteresse da maioria PS sobre o assunto já que para garantir essa acessibilidade bastaria uma intervenção, sem qualquer custo para o município, junto do proprietário do terreno de forma a que este não lavrasse um caminho vicinal que dá acesso ao local.

Este é mais um exemplo de como está a ser mal tratado o património histórico e arqueológico no concelho. Nuns casos, como este, de responsabilidade direta do município e noutros, de ausência da capacidade de negociação e de chamar à responsabilidade outras entidades, como é o caso da Estação Arqueológica de Pisões, que se encontra encerrada há vários meses.

Os vereadores da CDU denunciam a incompetência e o desinteresse existente e exigem a adoção de medidas que alterem este estado de coisas.

Vereadores CDU por Beja
Noticia da Rádio Voz da Planicie sobre a reunião de câmara de 7 de novembro.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Merkel é “persona non grata”

“Os Verdes” na rua apelam à participação em iniciativas de protesto e na greve geral

O Partido Ecologista “Os Verdes” vai andar na rua a contactar a população, com uma larga distribuição de documentação, denunciando as agressões e malfeitorias das políticas de austeridade que estão a ser impostas a Portugal e ao povo português, decorrentes do acordo com a troika e das políticas do governo.

A chanceler Angela Merkel, uma das grandes defensoras das políticas antisolidárias e de austeridade que têm vindo a ser seguidas pela Europa, não é bem-vinda a Portugal. “Os Verdes” consideram que as suas declarações de ontem, em entrevista à RTP1, são totalmente inaceitáveis e constituem uma afronta à soberania de Portugal e do povo português, declarações das quais se destacam as relativas à necessidade de implementação de reformas na área laboral, à necessidade de privatizações e quando quando critica o excesso de empresas e serviços públicos.

O PEV apela à população para que aja para a mudança, aderindo à manifestação de hoje contra a vinda de Angela Merkel ao nosso país, na qual “Os Verdes” estarão também presentes, e também à greve geral de dia 14 de Novembro, ambas iniciativas convocadas pela CGTP. “Os Verdes” manifestam ainda a sua solidariedade com os trabalhadores gregos, espanhóis e italianos e de todos quantos, na próxima quarta-feira, estarão em greve, nesta que é a primeira greve geral alargada, de âmbito europeu.

O Partido Ecologista “Os Verdes”,
O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”
Lisboa, 12 de Novembro de 2012